Queria beijar-te na boca, não sei se devo
Um beijo vicia, abre as portas do paraíso
Ou o caminho da perdição?
Nesse momento os meus dedos trêmulos acariciam a taça de vinho.
Deixam marcas no meu eu, salientando-me inteiramente.
O meu olhar fita o vinho tão vermelho, tão apetitoso.
Que maravilha o doce sabor, não há nada igual, sem comparação.
Essa imagem desordena os meus pensamentos
Flecham o meu coração, com a força de um desejo
Lembrando-me um beijo, que alucina
E tudo que resta é imaginar, sonhar
A minha língua enlaça a sua, no céu da minha boca, movimentos impertinentes
O meu lábio toca o seu, atrevidamente, sem pressa, gostosamente
Nossos olhos se fecharam.
Abandono total,, escuridão geral, entrega
Mútua.
Melris
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