Noite quente

Noite quente


Estava eu á caminhar distraidamente pela Avenida Brasil em belo horizonte quando me deparei com uma grande figura.

Foi como magia que os meus olhos encontraram os dele, tão azuis como o mar que me fez delirar.

Eu parecia uma estátua viva. Os meus pés pareciam decididos a permanecerem ali pra sempre.

Nossos olhares se cruzaram por instantes, exatamente quando ele piscou para mim e me abordou.

Telefones trocados.
Adornes, era esse seu belo nome.

Passaram-se uns dias até que ele me ligou. - alô gostaria de falar com Mel.

Minhas pernas bambearam e com muito custo que peguei o telefone. - alô aqui é melissa.

Marcamos um encontro para o dia seguinte, numa linda sexta feira onde alua estava mais linda do que nunca, tão cheia, hipnotizadora, que inspirava amores.

Nosso ponto de encontro foi na Avenida Brasil onde tudo começou em um discreto restaurante.

Jantar á luz de velas, vinho suave... Hum! Que delícia! Uma boa conversa deu início á uma relação comprometedora.

Durante o jantar, olhares cúmplices, mãos sobre mãos se roçando, palavras doces fluíam naturalmente.

Enfim acabou ao jantar e o vinho já surgia efeito. Sinto-me uma deusa ao lado do meu deus sedutor, romântico..

Ao sairmos do restaurante suas tentadoras mãos se enlaçaram da minha cintura, levando-nos para o mundo do paraíso.

Optamos pelo caminho mais longo indo pelas escadas. A ansiedade seria maior, pois as carícias começariam a se desenvolver repetitivamente.

Ai! Ai! Beijinhos estalados, cheirinho no cangote. Mãos quentes como brasa no inferno desciam da cintura até os quadris.

A minha cabeça girava e os meus pensamentos já não me pertenciam. Perdi o controle da situação, até que chegamos ao terceiro andar do “paraíso”.

Assim que abrimos a porta eu avaliei bem o ambiente. Cama giratória, redonda como a lua que encantava a noite. Luzes...

cama repleta de pétalas de rosas vermelhas me chamava e eu me sentia como uma noiva em noite de núpcias.

Ele me carregou no colo ao encontro do momento eterno. Ao deitar-me na cama ele levantou e me olhou de cima para baixo, parecia que me despia com os olhos.

Meu coração gelou, não sei se foi de medo ou de desejo que ardia entre minhas entranhas e queimava todo o meu corpo.

Já me sentia inteiramente nua perante aquele olhar que me dominava.

Assim que desabotoou um botão da minha blusa, os meus seios pareciam querer pular.

Os mamilos enrijeceram ao contato e meu peito arfava, a respiração ofegante os movimentava loucamente.

Ao segundo botão pousei minha mão sobre o peito expostos, mas a retirei imediatamente.

Afinal estava ali porque queria estar ao lado do meu homem, daquele que me levará as estrelas.

Há! O meu doce Adornis.

Agora

Era eu que o despia gulosamente. Com minhas mãos trêmulas eu o deixei completamente nu.

Enquanto tirava suas roupas a minha língua contornava os meus próprios lábios. Estava cheia de amor para dar.

Então ele segurou minha mão e as direcionou em direção a seu másculo peito. Sem pensar elas desciam sem compaixão á caminho da “perdição”.

Quando pensei que ia tocar em algo mais firme ele retirou minha mão e fomos para o chuveiro.

Já não havia nenhum pudor. O desejo gritava e mãos salientes faziam jus ao momento do prazer.

Dois corpos pareciam um só, movimentavam-se ao ritmo da água que caía parecendo uma melodia de amor.

Ao voltar para o quarto percebi que além das pétalas de rosas havia um vinho tentador a minha espera.

Ele sorriu ao escutar o estalar da língua no céu da minha boca.. Nossa! Ainda havia desejo no ar.

Servimos-nos do vinho e beijava-nos calmamente saboreando o doce sabor do vinho.

Mais uma taça, só que agora ñao era para tomar e sim para derramar em nossos corpos

E assim que aconteceu. Gotas de vinho escorriam pelo caminho do desejo juntamente com carícias intermináveis em ritmo de vai e vem.

E tudo foi maravilhoso..

Só as paredes são testemunhas dessa entrega total onde gritos, gemidos levaram á orgasmos múltiplos, triplos...

Promessas ditas, talvez cumpridas. Mas não importa o que vale é esse momento que será lembrado por toda a eternidade...Melris